Desde o seu surgimento, nos primórdios da evolução humana, a agricultura e a pecuária tem sido responsáveis pelo progresso de varias civilizações. Dominar o cultivo de plantas e criar animais de forma eficiente tem sido um grande desafio, desafio este que coube a um profissional: “O AGRÔNOMO”. Muitos podem se perguntar: O que é ser agrônomo?.
Ser agrônomo é ser vilão. Ser vilão em uma história onde somos obrigados a causar impactos ao meio onde vivemos. Felizmente, o agrônomo é um vilão arrependido, que hoje paga pelos seus erros em uma sentença condicional. Ele deve diariamente procurar soluções para compensar os danos que causou. Nesta sua sentença o agrônomo descobriu que causou dois impactos, o primeiro impacto foi o que lhe deu a condenação, no segundo poucos perceberam, mas ao cometer o seu delito o agrônomo mudou vidas, mudou realidades e criou novas perspectivas.
Ser agrônomo é ter um lado meio homem e meio Deus. O lado homem do agrônomo muitas vezes se confunde com o seu lado Deus, e com sua arrogância natural ele finge ser um Deus, um Deus intolerante que leva toda e qualquer ação até os seus extremos, objetivando sempre atingir altos rendimentos e levando suas ações inconseqüentes até o limite da sua própria honra. Ao chegar ao final dessa jornada, em seu falso olimpo, ele descobre que para ser um Deus de verdade precisaria ser menos racional e ser bem mais passional, ele deveria crer mais nas pessoas, seguir seus instintos e sonhar mais.
Ser agrônomo é ser um super herói. Um super herói que luta para levar alimentos a quem tem fome. Seu arqui inimigo é o “Dr medo”, o doutor medo tem o poder de enfraquecer esse super herói, que fica vulnerável e confuso e pode ser derrotado a qualquer momento, porém o nosso super herói leva inscrito em sua capa a frase “Posso ter sido derrotado, mas nunca serei um derrotado”. Nosso herói levanta-se e usa sua arma secreta um frasco em seu cinto de utilidades, “A ATITUDE”. A atitude sempre é e sempre vai ser fundamental para derrotar o “Dr medo” e nosso herói deve tomar a atitude diariamente.
Ser agrônomo é ser um ator. Um galã bem canastrão que muitas vezes usa clichês, frases feitas e procura sempre esta em evidência nas cenas. Muitas vezes esse ator pode interpretar um comediante que vive fazendo autocríticas e piadas de si, ele sabe tirar proveito disso, ele cativa seu publico com essas ações.
Ser agrônomo é ser um político. Um político honesto que luta pelo bem da coletividade, sem recesso parlamentar, sem cargos comissionados ou direito a férias gratificadas. Esse político é consciente que as idéias que ele defende não são idéias partidárias e sim o desejo de uma mudança coletiva.
Ser agrônomo é ser um professor. Um professor dedicado que sempre procura ensinar o melhor a seus alunos na disciplina da vida. Esse professor as vezes deverá ser um professor severo, que aplicará o castigo primeiro e ensinará a lição depois.
Ser agrônomo é ser um soldado. Um soldado que muitas vezes formará um exercito, o exercito de um homem só. Esse soldado lutará batalhas que não poderão ser vencidas, mas ele é valente e não importa qual inimigo ou qual a situação, ele vai vencer qualquer adversidade. Esse soldado deve ser um soldado indisciplinado, que muitas vezes deve ignorar as ordens de seus superiores e seguir seus instintos.
Ser agrônomo é ser um poeta. Um poeta que usa em seus versos o verbo AGRONOMIAR... e ele sabe como conjugar esse verbo... verbo esse que tem como significado: “A arte de levar conhecimento àqueles que necessitam aprendendo com aqueles a quem se ensina, adubando a esperança, enxertando a clareza e semeando o progresso, mantendo sempre o equilíbrio entre o econômico e o racional”. Conjuguem esse verbo.
Nesse árduo caminho que vocês escolheram, procurem ser pessoas dignas e mesmo em frente a uma ou outra derrota, aprendam!...aprendam com os erros que cometeram, aprendam acertando, aprendam criando, aprendam até mesmo destruindo, aprendam recriando, aprendam sonhando.... e todos os dias, pelo restos de suas vidas...aprendam a ser agrônomo!.
Engº Agrº M.sc. Jean Kelson da Silva Paz
